sexta-feira, 10 de abril de 2009

Camundongos (Mus Musculus)

Os camundongos já eram conhecidos pelo homem cerca de 6.000 anos antes de serem utilizados como pesquisa. Mas desde que forma introduzidos em laboratórios, no século XIX, os camundongos transformaram-se em um dos mais importantes animais experimentais. Foram desenvolvidas aproximadamente 400 diferentes variedades ou linhagens, muitas delas específicas para determinadas pesquisas. Só as pesquisas sobre o câncer utilizam milhões de camundongos a cada ano. Os camundongos são prolíferos, fáceis de cuidar, e sua manutenção não é muito cara. Estas qualidades os recomendam aos pesquisadores. Os camundongos são muito utilizados em pesquisas farmacológicas, onde são utilizados para a investigação de efeitos tóxicos nas triagens de compostos químicos. Linhagens de camundongos consangüíneos pertencem a uma categoria especial de animais para pesquisas. Geralmente esses animais têm índice de mortalidade mais alto e taxa de crescimento mais baixa do que camundongos não- consangüíneos. São sujeitos ao canibalismo, têm temperamento muito variável e algumas vezes malformações congênitas. Mas estes camundongos desempenham importantes funções. Geneticistas desenvolveram variedades consangüíneas de camundongos susceptíveis à distrofia muscular, uma doença humana de natureza debilitante, cuja cura ainda é desconhecida. Outras variedades são geneticamente selecionadas para que apresentem problemas metabólicos natos, auxiliando os biólogos a obter e aprofundar seus conhecimentos sobre certas reações anormais. Novos lotes de camundongos, ao serem introduzidos nos laboratórios, devem permanecer em quarentena, e o material em que foram transportado deve ser incinerado. O ideal seria não misturar animais provenientes de diferentes fornecedores. Os camundongos devem ser manuseados com delicadeza e nunca use pinças para apanhá-los. Segure sempre, delicadamente, na cauda. A marcação (picote) da orelha é um método prático para identificar lotes de 100 ou mais animais. Se a colônia tiver mais de 100 elementos, o tingimento do pêlo aparece como um método alternativo de fácil utilização.

REPRODUÇÃO


O animal de laboratório está apto para a reprodução aos 60 dias de idade. Alguns sinais de estro podem ser observados aos 21 dias, conforme a linhagem do animal. Nesta época podemos observar uma certa abertura da vagina, mas o estro completo se inicia alguns dias mais tarde. O ciclo estral dura cerca de 4 a 5 dias, ou seja, há ovulação cada 4-5 dias. O período de gestação dura de 19 a 21 dias, exceto para as fêmeas que estão amamentando. Nesta fase, a gestação pode ser alongada em 6 a 16 dias. Já foram obtidas ninhadas de animais com apenas 45 dias de idade, mas esta prática não é recomendada quando se pretende manter uma colônia de reprodutores. O número de filhotes numa ninhada varia de 10 a 24 animais. Existem registros de nascimento de 30 filhotes numa única ninhada. Ninhadas muito numerosas devem ser reduzidas através do “culling” ou através do “cross fostering” sempre no dia do nascimento. Assim, a fêmea esta menos sujeita ao canibalismo e a devorar sua próprias crias. Os recém nascidos começam a mamar imediatamente. Isto fica evidente através da mancha branca observada na região abdominal, que nada mais é do que o estômago cheio de leite. Esta observação pode servir de critério para a seleção dos animais mais fortes. Se o estômago não se apresentar cheio, o animal pode ser considerado fraco e, então, eliminado. O camundongo, ao nascer, pesa cerca de 1 a 1,5 grama. Não tem pelos e seus olhos estão fechados. O crescimento dos pelos se inicia imediatamente, mas os olhos só se abrem a partir do 12º - 13º dia de idade. O pelo, apesar de estar crescendo, só se torna evidente a partir do 2º - 3º dia de idade. As orelhas se afastam da cabeça, a partir do 6º dia. Os dentes começam a aparecer no 11º dia. Tão logo os olhos se abrem, o animal começa a mordiscar o alimento sólido (12º - 13º dia). O apetite aumenta rapidamente e o animal pode ser desmamado aos 21 dias. A sexagem poderá ser realizada ao nascimento ou desmame, através da distância adanal que no macho é superior ao observado na fêmea.


























































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